Arquitetura, substantivo feminino

Neste Dia da Mulher, conheça a trajetória de profissionais que mudaram o cenário da Arquitetura.

Foi-se o tempo onde as mulheres eram minoria na arquitetura. Hoje, elas representam 61% dos arquitetos em atividade no Brasil, porém, ainda continuam na minoria quando tratamos de postos de destaque ou liderança. Para comemorar a luta da mulher no setor da construção e mostrar os avanços conquistados pelo poder feminino, separamos 8 mulheres que se destacaram na arquitetura com histórias e obras inspiradoras!

Royal Shakespeare Theatre- Londres

Elisabeth Scott (20 de setembro de 1898 – 19 de junho de 1972)

            Em 1927, Elisabeth Scott se tornou a primeira arquiteta do Reino Unido a ganhar um concurso internacional de arquitetura com seu projeto para o Shakespeare Memorial Theatre em Stratford-upon-Avon. Ela foi a única mulher entre mais de 70 candidatos e seu projeto se tornou o edifício público mais importante do Reino Unido projetado por uma arquiteta.  Scott trabalhou como arquiteta até os seus 70 anos!

Dame Jane Drew (24 de março de 1911 – 27 de julho de 1996)

Quando se trata de arquitetas britânicas, Dame Jane Drew é uma das mais renomadas. Seu interesse pela área começou cedo: quando criança, ela construía objetos usando madeira e tijolos e, mais tarde, estudou arquitetura na Architectural Association. Durante seu tempo como estudante, Drew esteve envolvida na construção do Royal Institute of British Architecture, do qual mais tarde ela se tornou uma sócia ao longo da vida, além de ser a primeira mulher eleita para seu conselho. Durante a Segunda Guerra Mundial, ela iniciou um escritório de arquitetura totalmente feminino em Londres. Drew empreendeu vários projetos durante esse período, incluindo a conclusão de 11.000 abrigos antiaéreos para crianças em Hackney.

Museu de Arte de São Paulo – MASP

Lina Bo Bardi (5 de dezembro de 1914 – 20 de março de 1992)

Um dos maiores nomes da arquitetura brasileira, Lina Bo Bardi projetou prédios ousados ​​que mesclaram o modernismo com o populismo. Nascida na Itália, a arquiteta se formou na Faculdade de Arquitetura de Roma em 1939 e se mudou para Milão, onde abriu seu próprio escritório em 1942. Um ano depois, foi convidada a se tornar diretora da revista de arquitetura e design Domus. Bo Bardi se mudou para o Brasil em 1946, onde se naturalizou cinco anos depois. Em 1947, Bo Bardi é convidada para projetar o Museu de Arte de São Paulo. Este edifício icônico, suspenso sobre uma praça de 70 metros de comprimento, tornou-se um dos museus mais importantes da América Latina. Seus outros projetos incluem a The Glass House, um prédio que ela projetou para ela e seu marido, e o SESC Pompéia, um centro cultural e esportivo.

Terminal 1 do Aeroporto de LA

Norma Merrick Sklarek (15 de abril de 1926 – 6 de fevereiro de 2012)

A vida de Norma Merrick Sklarek como arquiteta foi repleta de pioneirismos. Sklarek foi a primeira mulher negra licenciada como arquiteta em Nova York e na Califórnia, bem como a primeira mulher negra a se tornar membro do Instituto Americano de Arquitetos – e mais tarde eleita membro da organização. Ao longo de sua vida, ela enfrentou uma enorme discriminação, o que torna suas conquistas ainda mais impressionantes. Com uma personalidade forte e visão intelectual, Sklarek avançou em sua carreira e acabou se tornando diretora da empresa de arquitetura Gruen Associates. Mais tarde, ela se tornou cofundadora da Sklarek Siegel Diamond, a maior empresa de arquitetura exclusiva para mulheres da América!

Heydar Aliyev Center in Baku, Azerbaijan

            Dame Zaha Hadid (31 de outubro de 1950 – 31 de março de 2016)

Dame Zaha Hadid é, inegavelmente, uma das arquitetas mais bem-sucedidas da história. A arquiteta britânica nascida no Iraque se tornou a primeira mulher a ganhar o Prêmio Pritzker em 2004, concedido a arquitetos vivos que demonstraram comprometimento, talento e visão em seu trabalho.  De centros de lazer a arranha-céus, os edifícios impressionantes da arquiteta ganharam aclamação da crítica em toda a Europa por suas formas orgânicas e fluidas. Frequentemente referida como um “arquiteta-estrela”, a Time Magazine nomeou Hadid entre as 100 pessoas mais influentes do planeta em 2010. Com o escritório de Hadid continuando seu trabalho, o legado arquitetônico da criadora de tendências permanece vivo até hoje.

Acqua Tower

            Jeanne Gang (19 de março de 1964)

            Jeanne Gang é uma das mais reconhecidas arquitetas da América do Norte e foi a primeira mulher no mundo a desenhar um arranha-céu. A arquiteta enxerga a verticalização, aliada à sustentabilidade e às novas tecnologias, como uma boa solução para o crescimento das metrópoles.  Sua obra mais conhecida é o arranha-céu Aqua Towers localizado em Chicago (EUA), construção de design único e intrigante que se destaca na cidade conhecida por seus grandes e emblemáticos edifícios.

Instituto de Arte Contemporânea Diller Scofidio + Renfro

Elizabeth Diller ( 17 de junho de 1954)

Considerada pela revista TIME a arquiteta mais influente do mundo, a arquiteta polonesa Elizabeth Diller se dedicou nos últimos 30 anos a construir prédios e instalações que desafiam a compreensão clássica ao misturar arte, arquitetura e a busca pela função social do espaço. Provocadora, a arquiteta não se limita a criar apenas o que é esperado, mas sim algo que realmente impacte a vida das pessoas e as faça pensar. Entre suas principais realizações, destacam-se o Broad Art Museum, em Los Angeles; o Institute of Contemporary Art, em Boston; e o famoso High Line, um parque urbano elevado construído nos trilhos de uma antiga ferrovia abandonada em Nova York.

Pavilhão da Humanidade

Carla Juaçaba (1976)

Carla Juaçaba é uma das grandes influências na arquitetura brasileira. Nome de peso, é uma das mulheres mais importantes na nossa cultura. Arquiteta carioca, Carla é conhecida por seu estilo preciso e leve, que combina tecnologia, sustentabilidade e responsabilidade social. Em 2013, a arquiteta Carla Juaçaba foi reconhecida na primeira edição do Prêmio Internacional de Arquitetura para Mulheres, o ArcVision Women and Architecture. A premiação tinha como objetivo reconhecer arquitetas que apresentam excelência em seus projetos, unindo tecnologia à implicação sociocultural. Em 2012, Carla Juaçaba projetou o Pavilhão da Humanidade, em parceria com a artista Bia Lessa. Na época o edifício foi usado durante um encontro internacional Rio+20, a conferência das Nações Unidas sobre desenvolvimento sustentável.

Hoje, 08/03, dia internacional da mulher, aproveitamos para enaltecer o poder feminino e a capacidade de transformar o mundo em um lugar mais justo de interessante.

Nosso reconhecimento especial à todas as funcionárias da Tanto, cliente e arquitetas parceiras que se empenham para construir, tijolo a tijolo uma sociedade melhor.
Para conhecer mais sobre os projetos do time feminino do nosso programa de parceirias T.PRO, clique no link e visite no blog. Lá você pode visitar os projetos e processos criativos das arquitetas Shayane Secaf, Patrícia Causin, Natália Lemos, Vanessa Nascimento, Sabrina Bleiter, Ana Paula Siqueira e Bel Castro que abrilhantam a TANTO com projetos cheios de personalidade.

Somos a maioria. Que superemos juntas, com garra e graciosidade, esse grande desafio que é a equidade de gênero no ambiente de trabalho!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *