Presente em residências, edifícios públicos e comerciais, o cobogó é um elemento da arquitetura e design brasileiro com décadas de história. O fato de vivermos em um país tropical nos dá a vantagem de termos dias ensolarados ao longo de todo o ano. Elementos vazados como o cobogó permitem aproveitar essa luminosidade ao máximo nos projetos, de forma eficiente e com personalidade.
O uso do cobogó nos projetos une dois elementos de grande importância: funcionalidade e estética. Se por um lado o elemento vazado facilita a criação de divisórias, por outro, permite a circulação do ar, algo fundamental para o verão brasileiro. Neste post, você vai descobrir tudo sobre o cobogó, da sua história aos diferentes tipos existentes no mercado, além de descobrir alguns projetos para se inspirar.
Cobogó: um marco na história do design brasileiro
Você sabe de onde veio o nome cobogó? Em um primeiro momento, é provável que você pense ser uma palavra de origem indígena ou africana. Mas a resposta é muito mais simples do que você pode imaginar e não está relacionada às nossas origens.
A história desse elemento começa em 1920, na cidade do Recife, pela mão de três engenheiros: Amadeu Oliveira Coimbra, Ernest August Boeckmann e Antônio Góis. Encontrou a resposta? Pois é, o nome cobogó surgiu a partir das iniciais dos sobrenomes dos seus criadores.
Profissionais experientes da construção civil, Amadeu, Ernest e Antônio buscavam uma solução eficiente e econômica de amenizar o calor das casas nordestinas. Inspirado em elementos da arquitetura moura, o cobogó surge como resposta. Por ser um elemento estrutural vazado, tornou-se possível construir paredes e criar divisórias sem vedar os espaços internos por completo.
Não demorou muito para o cobogó se popularizar. Nas décadas seguintes, o elemento foi incorporado pelo modernismo brasileiro e se tornou uma grande tendência na arquitetura e no design nacional. O ápice do cobogó veio na construção de Brasília e seu uso em diversos elementos da capital.
Depois de um período fora de cena, o cobogó foi resgatado nos últimos anos e se tornou um verdadeiro queridinho da decoração e arquitetura. Hoje em dia, esses elementos vazados podem ser encontrados em diversas formas, cores e materiais.
Tipos de cobogós
Originalmente, o cobogó foi criado e desenvolvido em concreto. No entanto, com o passar dos anos, a peça foi sendo reinventada nos mais diferentes materiais. Atualmente, há tipos de cobogós diferentes no mercado que valem a pena conhecer mais, como, por exemplo, os que têm em sua composição os seguintes materiais:
- Cimento;
- Cerâmica;
- Louça;
- Madeira.
Cobogós cimentícios
Com quase 100 anos de história, a criação original ganha versões modernas e arrojadas com os cobogós cimentícios. Esse material permite o desenvolvimento de peças em grande escala, ideal para ambientes externos da casa.
Peças em cerâmica
Seja no tom avermelhado ou em outras cores, depois de receber uma camada de pintura, os cobogós de cerâmica podem trazer um toque mais rústico para o espaço.
Modelos de louça
Uma das opções mais modernas para os projetos. Além do seu acabamento, o que se destaca nessa peça são as cores, que dão um toque especial a qualquer ambiente.
Cobogós de madeira
Outra novidade do mercado, os cobogós de madeira trazem uma nova proposta para os elementos vazados, ideal para criar divisórias em áreas internas.
Vantagens de usar elementos vazados no seu projeto
Cada vez mais, é preciso pensar os projetos com materiais que tenham um menor impacto no meio ambiente. Apesar de ter sido criado há quase um século, o cobogó traz grandes vantagens, seja em espaços residenciais ou comerciais.
O primeiro deles é a capacidade de aproveitamento da luz natural nos ambientes internos da casa. O cobogó pode ser usado com esse propósito em diversos cômodos como, por exemplo, lavabos, escritórios e lavanderias, áreas que normalmente não recebem tanta luz.
Outra grande vantagem é o fato de os elementos vazados permitirem a circulação de ar. O verão brasileiro pode ser de temperaturas extremamente elevadas em algumas cidades brasileiras, portanto, é fundamental garantir que os ambientes sejam o mais frescos possíveis.
Além de tornar o espaço mais agradável, isso significa maior eficiência no consumo energético, evitando o uso desnecessário do ar-condicionado, por exemplo.
Além das questões funcionais, os cobogós garantem um efeito, através das formas e sombras, que deixa qualquer projeto com um estilo único. Ao longo do ano, com o movimento do sol, a decoração do espaço ganha ainda mais com os elementos vazados.
Inspire-se!
Com tantas formas, materiais, cores e estilos, os cobogós estão cada vez mais presentes nas casas brasileiras. Há quem opte por uma parede inteira com o elemento e há quem prefira usá-lo como um detalhe do décor. Não importa qual seja o seu uso, o resultado final é sempre inspirador.
A entrada da casa ganha mais vida com o uso dos cobogós, sem abrir mão da privacidade. Além disso, o elemento na cor branca é uma escolha que harmoniza com todo o verde do espaço.
Dividir ambientes sem diminuir a amplitude do espaço: essa é uma das grandes vantagens do uso dos cobogós.
Que tal usar o cobogó como o elemento colorido de um ambiente? Uma solução simples para dar um novo ritmo ao cômodo de maneira simples.
Gostou de conhecer mais sobre o cobogó? Pois saiba que há muito mais para descobrir sobre esse elemento genuinamente brasileiro. Acesse este post e descubra os modelos mais queridinhos dos arquitetos e designers de interiores.